quinta-feira, 25 de setembro de 2014

DÓRIS MONTEIRO

MÁRCIO GOMES e DÓRIS MONTEIRO
Sala Baden Powell – 25/09/2014
Dóris foi uma das cantoras que se destacou na Era do Rádio. Recebeu títulos como Rainha dos Cadetes (1952) e Rainha do Rádio (1956-1958) entre outros. Reconhecida também como a maior intérprete do compositor e amigo Billy Blanco. Sua maneira terna de interpretar comoveu e ainda comove platéias de todas as regiões do Brasil. Por intermédio de sua voz, inúmeras canções se tornaram inesquecíveis no coração do público, tais como: Mocinho Bonito, Dó-Ré-Mi, Mudando de Conversa, A Banca do Distinto e muito mais...
Dóris está completando agora 80 anos de idade e ainda conserva um excelente humor e um público leal. Suas apresentações mantêm casas cheias e aplausos abundantes. Dóris é uma jóia da música brasileira

terça-feira, 23 de setembro de 2014

PEDRO SANTOS

PEDRO SANTOS
Rio Música Social Clube – 23/09/2014

Pedro é baixista, vocalista e compositor da banda Palácio Moderno, onde o soul, o groove, o pop e o funk falam bem alto, evidenciando-se, mesclando-se e constituindo-se. No seu trabalho solo, percebe-se as influencias que foram amadurecidas, em quase duas décadas de trabalho formulando composições, como o balanço característico de Lulu Santos e o ritmo suingado de Tim Maia. O humor descontraído e terno também é uma característica do artista. Pedro sabe trabalhar tão bem as palavras quanto seus acordes. Esse músico é um luxo! Quem o conhece, endossa essa afirmação e os que não o conhecem, poderão encontrá-lo nas apresentações do Palácio Moderno ou nas salas de aula da Rio Música, onde atua como professor de violão/guitarra. Vale à pena verificar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

TULIPA RUIZ

TULIPA RUIZ
Teatro Sesi-Centro – 17/09/2014
Nascida na capital paulista e criada na repousante cidade de São Loureço, de onde absorveu o frescor do mato, o cristal das águas vertidas diretamente da nascente e o conforto tranqüilizador da cidade interiorana. É daí que vem a grande força para a inspiração da compositora. Seu estilo é tão arraigado as raízes que ela própria o batizou de “pop florestal”. Isto é, toda a delicadeza dessa bagagem bucólica confrontado com o ato de viver atualmente numa metrópole.
Tulipa é uma artista que chegou para ficar. Sua voz é vibrante, altamente modulada e de uma afinação ímpar. Sua interpretação é dinâmica, ora repleta de docilidade, ora impactante. Suas canções formam um misto de poesia e existência. Enfim, essa moça é um luxo!!!

domingo, 14 de setembro de 2014

ARACY DE ALMEIDA - A DAMA DO ENCANTADO

THADEU MACEDO - KIKA DANTAS - SIMONE MALAFAIA e GEDIVAN DE ALBUQUERQUE
Sala Baden Powell – 14/09/2014
Baseado no livro biográfico Nos Tempos de Noel Rosa, escrito por Almirante, grande parte da história de Aracy de Almeida é contada.
A artista nasceu e cresceu no bairro do Encantado, subúrbio carioca, e é considerada a melhor intérprete das obras de seu grande amigo Noel. Boêmia, amante do samba e irreverente ela também apresentava uma outra face da moeda, onde o gosto refinado pela música clássica, pelos livros de psicanálise e pelas artes plásticas tinham lugares prioritários na sua estante.
Aracy nunca quis gravar depoimentos ou entrevistas falando sobre sua carreira ou vida pessoal, o que dificultou um pouco sobre a pesquisa desse trabalho, achando que, mediante esse ato, abreviaria, e muito, seu tempo de vida.
Aracy “curtiu” a vida da melhor forma que poderia em sua época. Bebeu e freqüentou casas e botequins considerados suspeitos e mal frequentados, fez do samba e do carnaval uma escola para sua vida, casou-se e descasou-se, contendeu com muitos por discordar das sugestões de terceiros e brilhou como poucas estrelas da época na conquista do seu espaço numa sociedade preconceituosa, machista e radical.

É assim a história escrita e dirigida por Gedivan de Albuquerque e atuada pela Cia Teatral Luzes da Ribalta e Grupo Arquéthipo, tendo a direção musical, preparação vocal e arranjos de Jonas Hammar e Kika Dantas no papel de Aracy de Almeida. Uma bela homenagem pelo centenário de nascimento da artista. Bravo!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

DIVINAS DIVAS: ROGÉRIA e KAMILLE K

ROGÉRIA – KAMILLE K
Sala Baden Powell – 11/09/2014
Elegantes, carismáticas, inteligentes, talentosas e brasileiras. Esses são alguns de muitos adjetivos que qualificam essas “ladies” do cenário teatral. Muitas publicações foram feitas sobre elas nesse período de 5 anos de existência do Sabor da Música, e que espera publicar ainda mais essas artistas. A partir de agora as publicações sobre as Divinas Divas serão intimistas, diretas, individuais (ou quase). Falaremos hoje sobre duas Grandes Divas: Rogéria e Kamille K.
Rogéria – Nascida no município fluminense de Cantagalo e registrada como Astolfo Barroso Pinto. Assumiu sua homossexualidade na adolescência e logo se tornou a maior personalidade cênica do transformismo brasileiro. É intensa sua trajetória: foi vedete nos musicais de Carlos Machado, recebeu Troféu Mambembe num espetáculo junto com Grande Otelo, atriz de cinema e televisão, jurada de programas de calouros, coreografou a comissão de frente da Escola de Samba São Clemente e possui também uma vasta carreira no exterior. E para celebrar seu jubileu artístico, Rogéria está começou a escrever sua autobiografia (que lhe é cobrada há mais de 20 anos pelos seus fãs e amigos) e que promete ser muito interessante pois as lembranças de sua infância e juventude ainda estão muito presentes em sua memória. Será realmente um arraso!!! Vamos esperar!
Kamille K – Outro gênero de humor – personagens divertidas, escrachadas, pé-rapadas e escandalosamente engraçadas, tanto na mímica e dublagem quanto no stand-up. Kamille é um sucesso na arte de fazer rir. É a mais hilária de todas. Porém as figuras geradas por ela possuem essa perfomance só no palco. Porque, fora dele, ela é tão glamourosa, atenciosa e delicada quanto às outras Divinas Divas.

Divinas Divas é um grande espetáculo. Tão grande que está em cartaz há 10 anos. E motivado por esse sucesso, Leandra Leal dirigiu e rodou um documentário sobre elas onde mostra a ousadia das Divas em plena ditadura militar confrontando com uma sociedade cheia de preconceitos e radicalismo. Bravo, Leandra!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

JOYCE e ANTONIA ADNET em CHICO BUARQUE DO BRASIL: 70 ANOS


JOYCE e ANTONIA ADNET 
Academia Brasileira de Letras – 10/09/2014

Ninguém melhor do que a cantora, violonista e compositora Joyce para homenagear os 70 anos de idade e os 40 anos de vida artística de Chico Buarque de Holanda sendo ela grande amiga e eterna apreciadora desse artista. Joyce preparou um repertório luxuoso, onde incluem as canções que tiveram maior repercussão ao longo da carreira do compositor. E nessa difícil escolha pode-se destacar A Banda, Fado Tropical, Futuros Amantes, e Homenagem ao Malandro. E para dar um toque mais sofisticado a essa comemoração Joyce trouxe consigo um grande talento dessa nova geração: Antonia Adnet – cantora, compositora, musicista, arranjadora, portadora de um jeitinho tímido e cheio de doçura que deu bela mostra de seu trabalho, ora num dedilhado impecável do violão, ora num suave batuque de tamborim e ora fazendo parte do vocal. Se Chico estivesse presente neste dia, é claro que ele se agradaria muito dessa comemoração.