terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

GALO PRETO

TIAGO MACHADO - AFONSO MACHADO - ALEXANDRE PAIVA - JOSÉ MARIA BRAGA - DIEGO ZANGADO e ALEXANDRE DE LA PEÑA
Teatro Sesc Ginástico – 25/02/2014
Completando 40 anos de existência o Galo Preto sustentou a boa qualidade da música por toda a sua trajetória, tornando-se um dos mais antigos e respeitáveis grupos instrumentais brasileiros existentes. Os integrantes da sua formação original que ainda permanecem no Galo Preto são: Afonso, Alexandre Paiva e José Maria que ao longo desses anos de muito trabalho, perseverança e dedicação contribuíram para esse patamar admirável.
Levar o bom nome do choro é ofício de grande responsabilidade, pois esse ritmo surgiu no Rio de Janeiro com grande intensidade, desafiando as habilidades dos músicos e fazendo surgir nesse cenário portentosos nomes de compositores, contribuindo também para a vida boêmia da época.
Atualmente o carioca se empenha em revigorar essas raízes e o Galo Preto que resistiu com sucesso todas essas décadas, tanto na forma de trabalho solo como acompanhando artistas notórios da nossa música popular, conquistando assim primorosa experiência e aprimorando a magnitude do seu talento. Extraordinários!!!!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

DZI CROQUETTES em BANDÁLIA

DZI CROQUETTES: CIRO BARCELLOS - PEDRO VALÉRIO - BAYARD TONELLI - UDYLÊ PROCÓPIO - SONNY DUQUE - FRANCO KUSTER e RICARDO BURGOS
Teatro Dulcina – 22/02/2014
Um espetáculo libertino mais dosado de grandes propriedades artísticas que revolucionou a difícil década de 70, onde a censura era implacável e o governo extremamente repressivo. A linguagem irreverente associada a um figurino ousado foi o grande “boom” da época. Casa lotada e aplausos intermináveis. Pena que durou tão pouco. Assim a trupe viu-se obrigada a seguir viagem. E o destino foi a Europa, onde teve o justo reconhecimento da arte e da originalidade do espetáculo, tendo o privilégio de serem amadrinhados por nada menos do que a talentosa Liza Minelli.
E agora, 30 anos depois, volta ao palco carioca, liderado por Ciro Barcellos, o grande bailarino e parceiro de Lennie Dale, juntamente com Bayard Tonelli que também foi integrante do elenco inicial.
Para essa realização foram selecionados a dedo 7 artistas jovens, bailarinos, atores, músicos e belos que trouxeram a tona a grandeza da coreografia de Lennie e Ciro, para o mesmo patamar do esplendoroso musical do passado, onde a sonoridade do samba, bolero, tango, dança de terreiro, e o tradicional sapateado flamenco, entre outras modalidades, revivificaram resultando na intensa admiração da platéia.

Agora, as Dzi Croquettes se aventuram a caminho da Broadway, aceitando a um convite que lhes fora oferecido enquanto circulavam na Europa. São os louros colhidos pelo talento, dedicação e muito trabalho. Bravíssimo, garotos, o show tem mesmo que continuar!!!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MARCOS SACRAMENTO

MARCOS SACRAMENTO - NETINHO - LUIZ FLÁVIO ALCOFRA e PEDRO AUNE
Sala Funarte Sidney Miller – 21/02/2014
Tivemos o prazer de apreciar em primeiríssima mão o mais novo trabalho de Sacramento, Autorretrato, que terá seu CD lançado nesses próximos meses, onde mostra alguns sambas de autoria do cantor com seus parceiros, entre eles Zé Paulo Becker e Luis Flávio Alcofra.
Um trabalho inédito, já que o artista tem por hábito prestar homenagens aos grandes ícones da música brasileira como Carmen Miranda, Assis Valente, Noel Rosa, Marlene e outros.
Claro que a qualidade das composições é de alto nível e a interpretação de Marcos nós já a conhecemos. Sua irreverência, seu gestual e sua interação com o público arrancam aplausos muito bem merecidos.
Uma banda a altura também entra em cena com a formação de violão 7 cordas (Alcofra), baixo (Aune) e bateria (Netinho) acrescentando relevos aos arranjos criados pelo veterano Luis Flávio Alcofra.
Enfim, Marcos Sacramento é uma fonte viva de diversão e de boa música e, claro, “vale a pena ver de novo”

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A FEBRE DO SAMBA - 3ª Edição (2ª Parte)

THAÍS MOTTA - CHAMON - RODRIGO RIBEIRO - EDU SILVA - SELMINHA SORRISO - CLAUDINHO - CÁSSIO DIAS - ANDERSON BEZERRA e GEORGIA CAMARA
Teatro Sesi-Centro – 20/02/2014
Do Skindô, skindô do Salgueiro ao Celeiro do Mundo da Vila Isabel, A Febre do Samba (2ª parte) celebrou o carnaval carioca destes últimos 30 anos de folia. Sambas que fizeram história desde a inauguração do Sambódromo, ao som de uma bateria de primeira, comandada pelo mestre e diretor musical Guilherme Gonçalves, um trio de cordas sensacional e as vozes privilegiadas de Thaís, Edu e Chamon que levaram no “gogó” os sambas em grande estilo. O grande ornamento do show foi feito pela habilidade dos passistas, veteranos bailarinos das comissões de frente das principais escolas de samba do Rio, com elegantes coreografias criadas pela talentosa Yara Barbosa.
O deslumbre da avenida se transferiu para o palco do Teatro Sesi. Figurinos criativos e luxuosos compunham o elenco do espetáculo e a interação com o público foi dinâmica e completa.
A Febre do Samba tornou-se um marco do pré-carnaval do Rio de Janeiro resultando em casa lotada e aplausos intermináveis. “Olha a Febre Samba aí, gente...”.  Imperdível!!!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

ZÉ TRINDADE: A ÚLTIMA CHANCHADA

ALICE BORGES - PAULO MATHIAS JR. - LUISA VIOTTI - ALEXANDRE PINHEIRO - RODRIGO FAGUNDES e HELGA NEMECZYK 
Casa de Cultura Laura Alvim – 16/02/2014
Milton da Silva Bittencourt, vulgo, Zé Trindade. Cômico baiano que conquistou por mais de 15 anos o humor na rádio carioca Mayrink Veiga como melhor comediante da época, e nos áureos tempos da Atlântida, mantinha sessões esgotadas nos cinemas. Retribuindo esse sucesso do passado Arthur Xexéo escreveu esse musical no estilo tradicional das grandes chanchadas brasileiras. Não em forma de dados biográficos e sim na qualidade inusitada do humorista na sua atual morada: o Céu. E é nesse habitat que se encontra com Dercy e toda a sua irreverência. Assim começa a história.
No papel de Zé Trindade, Paulo Mathias Jr, que concretiza o personagem com maestria. Ator jovem e talentoso que perfaz os trejeitos e manejos do mestre do riso em grande estilo sem, claro, fazer parte da mesma geração que o artista. Fruto de grande estudo e esplêndida dedicação, o que muito acrescenta ao profissionalismo de Paulo.
Dercy é vivida por Alice Borges, atriz experiente e criativa que vem ao longo de sua carreira participando de vários musicais na linha do humor.
Enfim, uma gama de profissionais qualificados e especializados em arrancar gargalhadas da platéia, enquadram esse elenco, dando vida e ricas formas ao texto de Xexéo.
Isso é um pedaço da arte brasileira que fez época e que não pode ser esquecida. Um resgate valoroso da nossa cultura que fez brilhar os palcos e cinemas brasileiros. A vocês todos, artistas do passado e desse “cast” os mais respeitosos aplausos do Sabor da Música!!!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

FÁBIO JORGE

FÁBIO JORGE - MARCOS NIMRICHTER e ERIVELTON SILVA
Sala Baden Powell – 15/02/2013
Apesar de ter nascido na capital paulista, Fábio provém de linhagem francesa e desde menino o seu interesse pela música foi visível. Cresceu ouvindo um rico repertório onde os grandes ídolos brasileiros do passado como Dalva de Oliveira, Orlando Silva e outros se mesclavam com intérpretes de grande renome francês como Edith Piaf, Charles Aznavour, Lucienne Boyer e outros. E dessa excelente qualidade originou-se o cantor Fábio Jorge, reunindo uma seleta compilação de músicas francesas associada a uma grande voz de tenor.
É encantador esse espetáculo. Romantismo e requinte são transmitidos a cada acorde. O glamour parisiense é transportado para o palco através do canto do artista e do talento de um instrumental fascinante constituído por piano Marcos Nimrichter, contrabaixo Jefferson Lescowich e bateria Erivelton Silva. Foram apresentadas, entre tantas canções inesquecíveis, essas: F... Comme Femme, que abriu o espetáculo, La Bohème, Joana Francesa, Ma vie, L’Hymne à L’Amour e
La vie en Rose.
Um presente para o público carioca, já que essa foi a primeira oportunidade de Fábio para se apresentar no Rio de Janeiro. E que seja a primeira de uma série inesgotável para nós. Bravo!!!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

MULHERES DE CHICO

FLAVIA COSTA - MONICA LEME - MAKO - PAULA VILLELA - LAILA AURORE - GLAUCIA CABRAL - YAISA HONORATE - LETÍCIA FREIRE - URSULA BALDANZA - LIZA K - MALU MAGALHÃES - MONALISE MONTEIRO - DANIELE MARTINI e MANU RIOS
Sala Baden Powell – 13/02/2014
Um pré-carnaval animadíssimo como é de praxe para essas batuqueiras. Disposição, entusiasmo e ritmo elas têm para esbanjar. Ao som das composições de Chico Buarque de Holanda, o grande mestre da MPB, são desenvolvidos em arranjos do mesmo feitio encontrados nas escolas de samba do Rio de Janeiro. E essa transformação é minuciosamente elaborada por Flávia Costa, compositora e pianista responsável pela direção musical e regência das Mulheres de Chico.
A feminilidade do bloco se destaca pela beleza, juventude e talento dessas moças ao se apresentarem com figurinos graciosos e adereços “chiquérrimos” nas cores rosa, vermelho e branco, espalhando divertimento e simpatia por onde se apresentam, quer seja em ambientes fechados e geralmente lotados como teatros, centros culturais, etc., ou nas ruas cariocas na forma de bloco carnavalesco “concentra mais não sai”, atraindo milhares de foliões e admiradores.
Essa noite teve um toque especial. Além de um grande show apresentado pelas meninas houve a comemoração de aniversário de Monalise Monteiro, uma das cantora do grupo que recebeu seus convidados com muita alegria no camarim, e com direito a fatia de bolo.

Mulheres de Chico é hoje parte oficial do Carnaval carioca, dando grande contribuição para a cultura e o entretenimento da cidade do Rio de Janeiro. Pessoal, vamos à folia com Mulheres de Chico!!!!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

GUINGA convida ANNA PAES - ALICE PASSOS E JEAN CHARNAUX

ANNA PAES – ALICE PASSOS – JEAN CHARNAUX e GUINGA
Sala Funarte – 06/02/2014
Uma harmonia perfeita na música e na odontologia. Duas carreiras paralelas que tiveram um resultado de sucesso.
Suas composições e parcerias foram temas de muitos intérpretes nacionais e internacionais como Michel Legrand, Sérgio Mendes, Chico Buarque, Clara Nunes, Elis Regina em duo com Cauby Peixoto entre muitos outros. Como violonista é confirmadamente um grande virtuose.
Hoje, dando continuidade ao projeto Música no Capanema, ele se apresenta com um show inédito chamado “Canções Necessárias”, na companhia de três artistas de contorno e talento semelhantes: Charnaux, jovem violonista que em dueto com Guinga enriqueceu as cordas dinamizando um instrumental de altíssima qualidade.
Anna Paes e Alice Passos emprestaram suas vozes para ornamentar as composições do artista. A primeira escolheu a belíssima “Valsa de Aniversário” escrita por Marco Aurélio, tio de Guinga, e grande responsável por aguçar a sensibilidade da música no coração do sobrinho. E a participação de Alice se destacando com a difícil interpretação de Nem Cais, Nem Barco, uma parceria de Guinga com Aldir Blanc. Uma noite requintada!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

WILSON DAS NEVES e ITAMAR ASSIERE

WILSON DAS NEVES e ITAMAR ASSIERE
Sala Funarte Sidney Müller05/02/2014
Um dos mais requisitados bateristas do Rio de Janeiro que solidificou sua carreira sendo integrante de grandes orquestras como Ed Lincoln, Orquestra da TV Globo do Rio de Janeiro, Orquestra da TV Excelsior de São Paulo e Orquestra do Maestro Cipó da TV Tupi de São Paulo e que durante todo esse período vem trabalhado com mais de 600 artistas de grande porte como Sarah Vaughan, Michel Legrand, Clara Nunes, Elizete Cardoso, Roberto Carlos, Chico Buarque e muitos outros. Como compositor, seus parceiros também são de 1ª linha. Encontramos sambas seus dividindo autorias com Paulo Cesar Pinheiro, Chico Buarque, Aldir Blanc, Nei Lopes, Moacyr Luz e outros.

Hoje, nesse início de noite, abrindo o projeto Música no Capanema, Wilson se apresenta com um show bem descontraído, acompanhado ao piano por Itamar Assiere, outro grande nome da música instrumental brasileira, para cantar seu requintado repertório entremeado pelo bom humor que lhe é característico. E para presentear o auditório, Wilson traz um CD e oferece àquela que primeiro o saúda com seu conhecido “grito de guerra”: “Ó sorte!”.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

SOCORRO LIRA

SOCORRO LIRA
Sala Baden Powell – 01/02/2014
Oriunda do sertão da Paraíba ela traz no sangue a força nativa das caatingas, dos repentes, das tradições regionais nordestinas que a ajudaram a construir sua formação musical. Um leque diversificado e atraente de ritmos exaltando a cultura popular que não parece proceder de uma só artista.
Compositora, poeta, cantora, produtora e instrumentista. Uma silhueta vasta de predicados que a faz de molde para tão grande brasilidade.
A poesia de cordel e a cantoria de viola são os grandes sinalizadores da sua criação.
E como mulher é ativa e corajosa. Engajada e sedenta para transformar os direitos da sociedade brasileira em algo mais humanitário, mais respeitoso e mais equilibrado.
A lira foi acrescentada ao seu nome endossando a musicalidade e o romantismo apaixonado pela sua região. E tudo isso repercute em suas canções.
Um show que exala sensibilidade e descontração. Uma artista digna de muitos aplausos!!!